O mogno africano apresenta-se com grande potencial de negócio para o estado de Mato Grosso, pois apresenta boa adaptação ao clima e os nossos latossolos possuem estrutura física ideal para a implantação de florestas.
A espécie mais cultivada no estado é a Khaya ivorensis. Espécie essa que vem apresentado números expressivos de Incremento Médio Anual (IMA).
Atualmente o estado dispõe de mudas clonadas através de macro estaquia e a empresa de Mogno Africano Investimentos Florestais Ltda. desenvolve atualmente um programa de melhoramento florestal onde a clonagem e reprodução de cepas a partir de árvores adultas notórias dos seus plantios já foram realizadas e está em fase de implantação de jardins clonais para a produção de mudas de maior potencial produtivo.
O cultivo da espécie no estado sofreu grande incremento a partir de 2007, através da iniciativa de empresários do estado que viram na espécie grande potencial produtivo.
Em 2006 a área plantada estimada no estado era de aproximadamente 500 hectareses. Atualmente a área plantada estimada é de 3.000 hectares.
A produtividade dessas florestas é estimada em aproximadamente 1,2 milhões de metros cúbicos de madeira em tora. A periodicidade de fornecimento é variado devido a variação de espaçamentos dos projetos, que vai desde 4X4 até 8X8. A comercialização da madeira está sendo realizada no mercado futuro a preços variando entre $ 700,00 a $ 2.000,00.
Alem das áreas de Mato Grosso, tenho conhecimento de aproximadamente 3500 hectares que estão plantados nos estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul,São Paulo,Goiás, Pará e Amazonas. Porem estimamo que essa área seja 4 ou 5 vezes maior do que as que tenho conhecimento.
O Mogno Africano (Khaya ivorensis A. Chev.) pertencente à família das Meliaceae. É uma espécie que ocorre naturalmente em regiões tropicais úmidas de baixa altitude da África Ocidental (Figura 1), nos países Costa do Marfim, Gana, Togo, Benim, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial e Gabão (Lamprechet, 1990).
Figura 1 – Distribuição natural do mogno africano (Khaya ivorensis) no continente africano e correspondência de latitude para o Brasil
Fonte: SOUSA CLAUDIMAR, 2010.
A madeira possui alburno de coloração marrom-amarelado e cerne marrom-avermelhado, sendo uma madeira de alta durabilidade e fácil trabalhabilidade e secagem (Lamprecht, 1990). É usada principalmente para a construção naval e de móveis de interior (Dupuy e Koua, 1993, citados por Carneiro, J. G, 199)
A espécie é imune à leptobroca Hypsipyla grandella, praga que limita o cultivo do mogno brasileiro (Swietenia macrophyla) no Brasil.
Embora sejam espécies distintas, a madeira da Khaya ivorensis é universalmente relacionada anatomicamente à madeira da Swietenia macrophyla. Assim sendo, a Khaya ivorensis é aceita em todo o mundo como mogno (Armstrong et al., 2007, citado por Carneiro, J. G, 1995).
Em monoculturas na Costa do Marfim o mogno africano atinge cerca de 15 metros, aos 25 anos de idade, e um diâmetro de 50 centímetros (DUPUY e KOUA, 1993). Em inventários realizados em plantios de 7 anos no Mato Grosso indicou uma altura de 15 metros e 25 cm de diâmetro. Esses índices indicam a grande adaptação e até preferência da espécie pelo estado.
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